RPG - Seiren to Umanity
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RPG - Seiren to Umanity

Um RPG lindo onde tem sereios lindos e maravilhosos, que vão enfrentar muita coisa e vai ser uma mistura tops de treta entre raças, muito love e comédia. E SEREIAS!
 
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 RPG - INÍCIO

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Ashiri Ketchup
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Ashiri Ketchup


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MensagemAssunto: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQua Jan 29, 2020 9:26 pm

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Yoshinobu Okumura

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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQua Jan 29, 2020 11:25 pm

Confesso que, a princípio, quando o alarme do relógio soou por meu quarto, despertando-me de um sonho peculiar, fiquei em dúvida se me levantaria para enfrentar mais outro dia que, como sempre, se repetiria do mesmo modo como ocorreria com o próximo e o próximo que se seguiriam àquele que vivia, ou se me manteria no conforto de minhas cobertas que, calorosamente, me envolviam. No fim das contas, intencionando não preocupar minha mãe com faltas na escola que poderiam me prejudicar no futuro, infelizmente, optei pela primeira opção.
Fiz o mesmo de sempre: após um banho morno que me encorajava a aguentar outro dia, logo tratei de vestir aquele uniforme que acreditava que não veria por mais tanto tempo pelo andar da carruagem… Não que eu me importasse, já estava acostumado àquilo de qualquer maneira. Tinha o costume de higienizar meus dentes somente depois de tomar meu café da manhã que ainda não estava na mesa. Apesar de tudo, não ousei acordar minha genitora que, ao vagar pelos cômodos da casa, descobri estar, com a cabeça esparramada sobre documentos relativos ao seu ofício, dormindo  em seu escritório -que também era o seu próprio quarto, no caso-, pelo contrário, cobrindo o corpo exausto da mulher que era usualmente vista com enormes olheiras com uma manta que se encontrava perfeitamente dobrada e limpa na sua casa impecavelmente organizada, deixei com que ela descansasse, não tendo demorado para ir à cozinha preparar a refeição, não apenas para mim, como também para a mulher na qual depositara um beijo nos cabelos escuros antes de partir para meu desafio culinário.
Com o prato onde comera algumas panquecas limpo, e um bilhete ao lado daquelas que eram direcionadas à minha matriarca, terminei aquele meu rotineiro ritual matinal ao escovar meus dentes.
Cheguei na escola a pé em questão de poucos minutos tendo em conta que sua localização era relativamente próxima de casa… E as coisas não poderiam estar mais monótonas.
Era sempre a mesma coisa: pessoas andando por aqui e por ali pelos corredores, algumas acompanhadas, conversando entusiasticamente umas com as outras, demonstrando felicidade e satisfação com a presença mútua uns dos outros… E outras sozinhas, como eu. Já havia perdido o interesse em amizades há um tempo, então nem me incomodava em tentar iniciar uma interação ou diálogo com alguém… No fim das contas, as coisas sempre teriam o mesmo fim previsível, e acho que aquela era a melhor maneira de continuar e concluir no ensino médio: evitando contatos desnecessários.
Por mais que não tivesse interesse nas fofocas que eram jogadas nas diversas rodas de pessoas que se amontoavam aos meus arredores, admito que, pela primeira vez, vi vantagem em, mesmo que acidentalmente, ouvir uma delas.
Parece que aconteceu um perrengue com a professora de Japonês!”; “Sério, o que aconteceu?”; “Não sei ao certo… Mas parece sério, pelo que me disseram, ela vai ser demitida!” Discretamente ouvindo o pequeno grupo que discutia aquela possível informação, absorvi cada detalhe da notícia com cuidado… Talvez, finalmente?...
Sem muita demora, enquanto ainda caminhava, me aproximando do armário onde pegaria os itens necessários para os estudos -cadernos, livros, estojo…-, acabei retirando meu celular que guardava no bolso, mas antes que eu sequer pudesse ligá-lo…
-Mas o que?!...
Repentinamente, senti algo ou alguém se chocando contra as minhas costas, além do meu aparelho voando pra longe que acabou sendo solto graças ao súbito impacto, e ao perceber isso, ainda caindo, eu juro que devo ter rezado em mais de quinhentas línguas para que o eletrônico não tenha quebrado, fato que só constatei quando meu rosto já estava sendo beijado pelo chão. Vendo que estava tudo bem com o celular que não aparentava ter nenhum arranhão, suspirei aliviado… Até ele ser pisoteado por um dos alunos que estava passando por ali e que sequer percebeu que havia pisado no eletrônico, ocupado demais com sua conversinha com uma companheira para notar o estrago que havia efetuado no celular. Por quê? Claro, ainda havia esperança do eletrônico estar funcionando, mas… Por quê?!
-Ei! Que merda você pensa que tá fazendo? Sai de cima de mim, desgraçado!
Não conseguia observá-lo direito tendo em conta minha posição, mas, ao perceber que se tratava de um rapaz que estava, literalmente, sentado em cima do meu traseiro -eu repito, em cima do MEU TRASEIRO-, soslaiando-o, não hesitei em exclamar tais palavras da maneira mais rude e ríspida possível para o infeliz. E foi naquele momento em que desejei com todas as minhas forças que aquele dia fosse somente mais um dia chato e rotineiro, por mais estranho que seja, logo eu, admitir isso
.
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Umi

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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQui Jan 30, 2020 11:22 am

E lá estava eu, quebrando todos os tabus do povo e ainda por cima, as regras do meu próprio antecessor, era de certa forma assustador, mas muito, muito legal. Mas poxa, é divertido ser diferente e além do mais, sempre tinha tido vontade de ir na terra e viver o que os humanos viviam pra saber como seria, quem nunca?.─── Não quero me casar com ela… ───o maior dos motivos, além de que, não queria que condenassem a raça humana, haviam se passado anos e tinha encontrado uma pessoa, uma de bom coração, porque outros não teriam?.─── Mas a coisa aqui é que….essas pernas...estão com defeito, não consigo...não consigo, ah ;; ───choraminguei agarrando as paredes dos corredores da escola. Havia sido um caos chegar ali, achar roupas e vesti-las então foi o pior, mas uma alma bondosa viu como estava degradável eu lá fora e me trouxe em uma bicicleta como carona.─── Como eles andam tão bem? Não faz sentido ───resmunguei com as pernas tremendo a cada passo que dava morrendo de medo de soltar e cair.─── Umi, anda! ANDA!!!! ───briguei comigo mesmo literalmente me soltando da parede pra me dar força e viva! Fiquei de pé e direito, porém, no nos primeiros passos tropecei e sai tropeçando vez atrás de vez até bater em alguém, nas costas diga-se de passagem, e cairmos os dois no chão. Eu por cima do dito cujo.─── Ai, ai, impossível pra mim *snif snif* ───funguei de forma fingida pra mim mesmo ainda caído sobre a outra pessoa, qual é! Me deixa andar direito, pernas fracas ;;. Mas dai, me toquei e sentei repentinamente para não esmagar quem fosse.─── Oh, um híbrido, que legal ───comentei distraidamente assim que meus olhos encararam a silhueta alheia, precisamente seus cabelos castanhos e costas, vislumbrando algo que pessoas normais não veriam.─── Ah! Desculpe, você ta bem? ───só depois do ataque de piti da criatura abaixo de mim é que me toquei, usando as mãos pra sair de cima do garoto e ficar sentado do lado, temia arriscar levantar e cair de novo, então fiquei ali, esperaria-o fazer. Encontrei uma pessoa bem difícil, fiquei olhando-o um pouco preocupado pensando se meu peso o haveria machucado.
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Eden Muryo

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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQui Jan 30, 2020 12:02 pm

A água estava calma e serena como costume, a temperatura estava adequada com o ambiente. Hoje estava mais bonita a cada dia - isso se já não a achasse o suficiente -, pois minhas iris azuis não me enganavam, a água era tão cristalina ao ponto de conseguir se ter a visão dos céus sem fazer esforço na visão. Tanto que fechei as pálpebras por breves segundos para repousar a mente, e mergulhar de vez em meus pensamentos. Estava exausto, meu corpo estava pesado apesar da areia macia ser reconfortante. O meu chefe não estava em seus melhores dias, tanto que tive de trabalhar por mais horas extras ao ponto de cumprir a minha carga horária. Ocupava meu tempo não somente em estudos, mas também me impedia de estar aqui na praia, no fundo do mar para aproveitar esse momento sozinho.
O mar era como se fosse o meu único lar, ninguém era capaz de respirar dentro como eu conseguia por motivos desconhecidos. Aqui conseguia me encontrar, me conectava com o mar, sentia que meu lugar era aqui desde que nasci.

Por mais que me custasse retornar a realidade, não mexia nenhum músculo sequer, permanecendo quieto e aproveitando, escutando cada som e cheiros distintos. Hoje a água estava um pouco inquieta, me pergunto o por qu-....—....? — Recobrei os sentidos, ao sentir um focinho cutucando a minha bochecha, sabendo perfeitamente que se tratava. E reabri as pálpebras com dificuldades por conta do sono, virando meu pescoço para o lado. Vendo Dolphi, o golfinho que fazia sons mexendo as barbatanas com o intuito de retornar para a superfície, tendo um pouco e noção do porque do animal vir até aqui. Suspirei um pouco em desistência, tendo de erguer minhas costas, para acariciar a pele lisa e macia do mamífero, o cumprimentando, vendo o mesmo fechar os olhos por puro afeto. Para depois mergulhar de volta a superfície que estava à alguns metros de profundidade, e sair de lá por mais que não fosse a minha vontade, teria de prosseguir com a minha vida. Meus pés pisavam na areia úmida fazendo pegadas no solo, para andar um pouco para chegar no lugar de destino. E por outro lado, o senhor Hamura estava no seu estabelecimento que não ficava longe de onde estava, estando detrás do balcão para polir uma das tábuas de surfs que vendia ou alugava na sua barraca.
Tanto que, quando o senhor de idade percebeu a minha presença, ele revirou os olhos, parando no que estava fazendo para arremessar uma toalha em minha direção, e assim o pegando para secar os cabelos. "Assim vai acabar se atrasando novamente garoto golfinho, não se esqueça de suas responsabilidades."-, e apenas assenti sem protestar, me acostumando até por causa desse apelido esquisito. Afinal, ele não estava errado, estava ciente que teria de fazer minhas coisas. Fui apenas entrar na pousada simples e humilde do homem, para o meu quarto e me higienizar como o costume, e vestir meu uniforme Escolar, pegando minhas coisas para ir até a cozinha e pegar uma fruta apenas como meu café da manhã, e uma bandeja de café com uma xícara.

Retornei ao estabelecimento, pousei a bandeja sobre o balcão. Vendo o Hamura, murmurar em agradecimento tomando o liquido quente e que era capaz de matar a sede, para me dizer depois: "Vai nessa, e tente não voltar tão tarde assim para cá. Ou eu mesmo vou até aquele bundão do seu chefe lhe ensinar a respeitar seus funcionários!" Resmungou mais uma vez, dando outro gole. E apenas dei de ombros concordando, acenando para me despedir e ir caminhando em direção da Escola. Fazendo o mesmo percurso que demorava um tempo por não ter dinheiro o suficiente para pagar um transporte, ou sequer uma bicicleta. Após uma caminhada árdua, adentrei os portões daquele prédio e procurando ao máximo seguir minha lista mental. Evitar todos ou qualquer tipo de pessoa sequer, sem me protestar a respeito. Se pudesse me definir nesse ambiente, seria como um peixe fora d'água. Não conseguia me adaptar aqui, não é por causa das aulas, nunca reclamei delas, até que gostava de aprender coisas novas. Por mais que...o problema sejam as pessoas daqui, não tem bons olhos para alguém que passa horas e horas na praia como se fosse uma espécie de animal marinho, infelizmente não teria muito o que fazer a respeito, em breve irá acabar tudo isso e por fim ficarei em paz, não vejo a hora de concluir o ensino médio.
....
No entanto, no momento que estava prestes a ir ao corredor das salas era possível de se escutar uma voz alta o suficiente como se tivesse discutindo com alguém. Vendo de longe a figura de um homem de cabelos loiros longos que chegavam quase a brilhar, e outro de um moreno, que estava em uma situação um pouco complicada. Decidi não me meter por onde não sou chamado, passei de despercebido seguindo a multidão como qualquer aluno comum. Até que sentia alguém esbarrar no meu ombro com força bruta, ao ponto de meus livros caírem no chão. "Opa foi mal garoto golfinho, não tinha lhe visto.", disse um dos garotos que era da minha antiga turma - até me transferir a outra, por motivos claros - que abria um sorriso confiante, claramente tendo certeza de que não foi um acidente. Mas como não pretendia fazer nada a respeito, apenas recolhi as minhas coisas em silêncio, sendo chamado pelo mesmo apelido de costume. Afinal, para alguém que cheira a praia toda hora e que quase vive na piscina ou com animais marinhos seria muito de zombaria de todas as formas, não há como escapar.
—....Tudo bem. — Falei em uma voz baixa e calma, o encarando por alguns instantes, fazendo o garoto sentir escalafrios somente de encarar meus olhos, que por mais que falasse que estava tudo bem, a forma de como encarava era intimidadora, algo que não tinha como controlar ou fazer de propósito. Apenas suspirei, pegando tudo de vez e saindo de perto para ir até a sala de aula. Me sentando em qualquer assento nos fundos, deixando minhas coisas sobre a mesa, para depois apoiar meu braço na mesa e a mão sobre o rosto encarando a janela ao lado distraído tendo certezas que vai ser um longo dia e cansativo como os demais.  
"....Quero estar na água", pensei, sempre tendo esses desejos em mente, afinal é o único lugar na qual me sinto confortável não lidando com problemas externos. Bem, eu não retirava minha visão da paisagem até esperar as coisas terem seu início.
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Yoshinobu Okumura

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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQui Jan 30, 2020 2:20 pm

Com a criatura enorme ainda caída sobre mim -e, por mais que quisesse sair daquela posição, seu peso me coibia-, ao ouvi-lo reclamar fungando algumas poucas vezes de algo que não sabia do que se tratava -e, confesso que, tampouco, tinha interesse de saber o que era de fato-, e tendo, logo em seguida, o rapaz falado algo que fazia menos sentido ainda -alegando que eu era um híbrido-, por mais que soubesse que o próprio não conseguiria vê-la, fiz a minha melhor cara de paisagem -chamada também de cara de cu pelos mais íntimos. Aquele rapaz tinha problemas mentais, não era possível. Entretanto, felizmente, apesar do possível distúrbio psicológico, o garoto captou a mensagem que transmiti com as palavras que soltara numa tonalidade revoltada, sem me importar com a amplitude alta na qual essas foram emitidas através de minha voz, tendo, no fim, o infeliz, finalmente, saído de cima de mim, sentando-se próximo à área onde meu corpo jazia na mesma posição… E, claro, não fiquei daquele jeito por muito tempo após a retirada do peso que outrora dificultava meus movimentos, tendo me esforçado para, pelo menos, me sentar na região onde momentos antes estava caído. Naquele momento, conseguia observar com clareza o desgraçado, e encarando-o com um olhar nada amigável, foi impossível não perceber suas características.
Os longos e sedosos cabelos loiros, quase dourados, pareciam ter sido tecidos a partir dos mais brilhantes raios solares, tendo uma cor tão vívida que chegava a ser inacreditável. As íris azuis que relembravam o mesmo céu gentil onde o sol sempre despontava durante os dias -e que, naqueles momentos, poderia ser facilmente confundido com seus fios capilares- se harmonizavam com sua aparência que me aparentava ser incrivelmente delicada. Nunca havia visto ninguém assim na escola… Sendo honesto, acho que nunca havia visto ninguém assim na minha vida inteira! Eu poderia facilmente dizer que o próprio havia saído de um conto de fadas em que tudo e todos eram, visualmente, perfeitos. Todavia, apenas por possuir uma aparência encantadora não anulava, de modo algum, aquilo que o rapaz -que presumi ser um novato- fez, não tendo, nem por um momento, parado de olhá-lo com severidade e rispidez. E quando ele se desculpou, perguntando se estava tudo bem...
-Claro que não está tudo bem! Você é um atentado à minha saúd--
Com o cenho franzido, quando estava retrucando ao loiro de maneira correspondente às emoções de fúria que me atingiam, uma cena desagradável acabou me chamando a atenção.
Um outro rapaz que, tranquilamente, transitava pelos corredores, teve os livros que carregava derrubados por um boçal que logo o chamou de “garoto golfinho” de maneira, nitidamente, pejorativa. Bem como aquele que praticava bullying com este, certamente já havia visto o rapaz que era vítima daquele tratamento degradante andando pelos corredores.
Dono de curtos e lisos cabelos negros que se assemelhavam às noites mais obscuras que já observara por detrás das janelas das diversas casas onde morei, o rapaz também tinha olhos azuis de uma intensidade indescritível… Eram tão profundos que parecia ser possível visualizar um intimidador mar sem fim e nem início dentro deles, o que me trazia um certo calafrio na espinha, por mais que não admitisse em voz alta, tanto por ser uma informação desnecessária, quanto por questões de orgulho.
Por nunca ter tido aulas na mesma sala que o próprio -não que eu me importasse com as pessoas com quem convivia em sala de aula, apenas acreditava que era melhor saber um pouco mais… Daqueles que me rodeavam, para casos de trabalhos ou pesquisas em grupos, por exemplo, embora os odiasse do fundo de meu coração-, não conhecia muito do próprio que também me parecia fazer mais do tipo “lobo solitário”, assim como eu. A única coisa que tinha conhecimento era que algumas pessoas estúpidas o chamavam por aquele apelido citado anteriormente… Mas nunca cheguei a ouvir seu nome real. Porém, no fim, suas informações pessoais não eram da minha conta de qualquer maneira.
-Tsc… Babaca do caralho!
Enquanto, com certo esforço, voltava a me reerguer após aquele considerável período de tempo estagnado no piso, após observar a maneira resignada e tranquila com a qual o moreno lidou com a situação -o completo oposto de como eu reagiria caso estivesse na sua situação- e logo partiu, não hesitei em exclamar aquelas palavras, não me importando quem as ouviria ou não, e se o bully de merda escutasse aquela sentença que lhe foi dirigida, melhor ainda! Se ele voltasse para revidar, eu, com a pouca paciência -se não nula- que tinha depois de todos aqueles ocorridos que ainda atiçavam minha raiva, sabia que não ia aguentar e partiria para a violência física mesmo… Por mais que soubesse que não deveria arranjar intrigas no ambiente escolar para não preocupar minha mãe, ainda assim… Pessoas como aquela, pelas quais eu sequer me dava o trabalho de decorar os nomes -por mais que fossem repetidas por diversas e diversas vezes nos vários grupinhos que haviam pela escola-, simplesmente, me tiravam do sério, e eu não tinha como evitar aquele sentimento de raiva de crescer tanto a ponto de me fazer realizar coisas impulsivas.
Geralmente, quando ouvia aqueles comentários de mau gosto acerca de outras pessoas, tudo o que fazia era revirar os olhos em desaprovação e desgosto. Mas naquele momento, depois de ter caído, de ter servido de amortecedor de queda para um loiro demente, de ter a tela de meu celular trincado por outro infeliz que não olhava por onde caminhava… Aquilo que acabara de acontecer… Aquilo havia sido a gota d’água.
E por falar no meu celular…
-Ainda bem…
Uma vez de pé, após caminhar até o local onde estava o pobre do aparelho maltratado, tendo-o em mãos logo em seguida, me certifiquei de que estava tudo bem com o objeto em questão, que ele ainda estava funcionando. Apesar da tela quebrada ser, de fato, um incômodo, o fato do eletrônico ligar normalmente e responder aos comandos do mesmo modo de antes foi motivo de alívio por minha parte. Ao menos uma notícia boa naquele dia de merda.
No fim das contas, não demorei para abrir o aplicativo de mensagens que utilizava, praticamente, todos os dias -apesar dos poucos contatos com os quais socializava por intermédio da rede social em questão-, tendo, rapidamente, digitado uma mensagem direcionada à minha mãe, intencionando transmitir-lhe conhecimento sobre o boato que havia ouvido há pouco.
Rumor de que a professora de Japonês será demitida.” A mensagem enviada era curta e concisa, talvez até denunciando meu humor não muito radiante. Mas também nunca fora de mandar mensagens enormes, tendo em conta que essas poderiam, antes de ser lidas, por conta do conteúdo extenso que essas possuem, facilmente, preocupar minha genitora… E o mesmo valia para avalanches de mensagens -algo ao qual também não era habituado a fazer. De todo modo, apesar do conteúdo raso, estava certo de que a mensagem seria captada pela destinatária, e nisso, fechando o aplicativo, desliguei o celular, voltando a guardá-lo em meu bolso, ainda um tanto quanto amargurado com todas aquelas coisas que, simplesmente, haviam acabado de ocorrer.
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Umi

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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQui Jan 30, 2020 3:46 pm

Uh, difícil demais, eram as palavras ideias pra representar o rapaz a minha frente, que não tivera uma expressão séria da cara, parecia meu pai a muito falecido, não dava nem um sorriso, aquele velho era difícil.─── ….. ───ao vê-lo entrecortar sua fala só olhei pra onde este olhava, vivenciando uma cena bem incomoda e que me fez franzir o cenho descontento. Olhando melhor o garoto que havia tido suas coisas jogadas ao chão pelo imbecil inconveniente, percebi rapidamente o cheiro de mar e areia cravado em sua pele, certamente era adepto da água. Por momentos meus olhos jaziam sobre o homem que incomodava o rapaz de cabelos negros, me lembravam a parte mais escura do oceano, um desconhecido que poucos assumiam a responsabilidade de ir, seus olhos no entanto, misturavam tal cor a parte mais vivida dos mares, a sensação vinda dele era….extasiante. A aparência do outro era mais comum, pra humanos assim achava, mas não deixava de ser muito bonito, os cabelos castanhos claro me lembravam certas algas e os olhos rosados, peixes de igual cor.

Recobrei meus sentidos ao ser tirado dos pensamentos e pela sensação que aquelas duas pessoas estranhas traziam pra mim, eram tão familiares, mas nunca os tinha visto. Observei o moreno levantar-se e assim como ele, também o fiz, apoiando as mãos no chão e usando força pra me empurrar pra cima, tendo logo de seguida segurado no armário pra não cair. Observei-o pegar seu celular, algo que desconheceria se não fosse por Harumi, bom, já as funções não se podia dizer o mesmo, só sabia o básico. Como não direcionou-me mais palavra alguma, apenas segui meu caminho a sala que haviam me dito para ir. Foram alguns minutos de olhares estranhos, dirai que entre achar-me bonito e louco ao mesmo tempo, mas não me incomodavam, era tão comum quanto respirar. Logo cheguei a sala designada, com todo sofrimento de perder-me a meio do caminho, mas cheguei, tendo assim que entrado na sala percebido não apenas o olhar da maioria sobre mim, mas também que aqueles dois garotos estavam lá. Porém, assim que entrei e me sentei, atrás do de cabelos negros diga-se de passagem, todos sentaram-se também já que a professora havia entrado...achava que era ela ne.

─── Gente, temos um aluno novo, como já devem ter percebido ───Harumi já tinha me explicado como funcionava a coisa de ir a escola, já que conversamos muito sobre então sabia que teria de ir lá na frente. Me levantei tendo em mente apenas: “pelo amor do Deus dos mares que eu não caia agora, agora não, agora não, por favor, por favor, por favor”, rezava desesperadamente quase suando frio enquanto caminhava até lá na frente, era quase como ter membros dormentes ah.─── Yo pessoal, me chamo Umi. É minha primeira vez nessa ilha e venho de bem longe, desnecessário saber o quanto certo? Espero me dar bem com a maioria e prazer em conhece-los <3 ───abri um sorriso para todos voltando a andar até o meu lugar. Assim que sentei novamente virei o rosto pra janela me pondo a pensar no mar que havia “deixado” pra provar algo do qual não tinha certeza, mesmo que Harumi fosse um amor. Ouvia a professor falar e por mais distraido que estivesse, absorvia tudo que dizia.
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Eden Muryo

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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQui Jan 30, 2020 5:22 pm

Era incomodo, muito incomodo chamar a atenção dessa forma por mais que não deixava exposto. Claramente um de meus ex-colega de classe não se importava se suas atitudes chamavam a atenção ou não. Ninguém se importará com um garoto esquisito que mora praticamente em mares, devo admitir que o derrubar de livros foi o de menos comparado aos anos anteriores. Talvez seja um dos motivos que faço torcer para acabar logo o ensino médio e evitar mais problemas como de costume.

Em sala de aula, estava no meu novo canto, olhando para a janela apenas focado na paisagem dos céus e de como estava límpido, não percebendo a presença da professor chegar em sala. Era como se não existisse naquele ambiente, porque minha presença estava bem longe daqui e de todos, esperando que seja assim-.....? Sai de meus pensamentos ao perceber que as apresentações dos novatos seriam feitas. E o lado ruim, é que eu estava no meio disso. Por sorte, o moço de cabelos loiros com uma aparência incomum se apresentou primeiro na frente de todos. Demonstrando simpatia de primeira, sabendo como atrair a atenção de todos com a sua presença, e pelo visto não era daqui desta ilha, devido seus traços peculiares. As garotas claramente pareciam estar enfeitiçadas pelo garoto, como se fosse uma espécie de sereia, era inevitável não escutar as garotas falando: "Ele é mesmo deste mundo? Mas que belo!"; "Será que estaria interessado em participar de um concurso de beleza da Escola?" entre vários tipos. Mas por algum motivo, o vendo se sentar detrás de mim sentia escalafrios na pele como se não tivesse um bom pressentimento sobre.
Até que, o professor dirigiu seu olhar na minha direção, esperando que pudesse me pronunciar. E levantei meu olhar, não tendo ideia de como poderia fazer algo assim. Não me sentia confortável em ir na frente de todos e me apresentar, apenas encolhia os ombros, abaixando o olhar novamente prosseguindo em minhas anotações, ainda sentado no meu canto, para apenas pronunciar: — Eden Muryo. — Disse de forma direta e sem dar informações ao meu respeito, preferindo que pudessem esquecer depois, e não era tão difícil quando já tinha um apelido que parecia cativar mais do que meu próprio nome, porque tinha certezas que me daria bem ou estivessem interessados, não como se fosse esperar que fosse me dar bem com geral, porque a minha fama não era uma das melhores. E a forma de como me "apresentei" de forma calma e desinteressada, sem saber se todos escutaram. Mas uma coisa que tinha certeza é que era inevitável não sentir os olhares de reprovação ou estranheza como se fosse grosseiro e antipático. Apenas se mantivesse focado em minhas anotações, não teria de me preocupar por algo assim. Por sorte o professor, apenas abriu um sorriso torto e prosseguir: "Ótimo, obrigado garotos. Agora abram na página 43, no conteúdo de ecologia.", disse o homem começando a anotar e sem esperar pelos alunos se preparem primeiro. E mais um dia começaria sem dúvidas.

Após um bom tempo de aulas e estando quase no fim. O professor, estava com uma palheta de madeira em suas mãos se preparando para fazer um último comentário:
"Antes de tudo, irei passar um trabalho em grupo para vocês que vai valer nota. Então espero que possam fazer bem, são três pessoas em cada grupo, e cada um com um tema que se trata sobre conhecimentos gerais da vida marinha. Tem duas semanas no máximo para concluírem, eu já separei os grupos aqui. Prestem atenção, pois não irei repetir novamente.", disse quando uma parte dos alunos bufaram de reprovação e outros mais eufóricos já pensando em que grupos caírem. Por um lado eu tinha visto com bons olhos esse trabalho, mas era impossível não me deixar de interessar quando se trata de vida marinha, o que não deixava tudo de tão ruim. Até que o professor citou o nome de todos os alunos em cada grupo-....Umi e Yoshinobu....esses seriam as pessoas que teria de fazer? Pelo visto eu teria de trabalhar junto com o garoto novo, e também pelo moreno que estava a cadeira ao lado. O que não era difícil de identifica-lo, visto que o professor o olhava quando tinha dito seu nome no sorteio. Então...o que me restava era ir até eles? Mas como?....
Mal tive tempo de processar alguma coisa, que o sinal já tinha tocado dando o final das aulas. Permaneci quieto no meu canto, engolindo o seco sem saber como ir até eles ou iniciar alguma conversa sequer. Uma tarefa tão simples....me parece mais complicado que o imaginado. Mas como não pretenderia ficar sem notas, e quanto antes acabaríamos melhor. Guardei as minhas coisas, quanto me levantava do meu assento, organizando a cadeira depois. E como eles estavam perto, e possivelmente já sabiam que eu estava no grupo deles, falei de forma baixa, mas esperando que fosse o suficiente para chamar a atenção e pudessem me ouvir:

—....Com licença. — Mantive o olhar para baixo, me dirigindo aos dois. Apertando a alça de minha mochila por breves segundos, respirando fundo depois, tentando arrancar algum tipo de coragem e prosseguir: — Podemos iniciar o trabalho quando?....— Conclui, passando uma mecha de cabelo detrás da orelha. Logo decidindo encarar ambos para não aparentar ser mal educado. Por mais que a forma de como os encarava já era o suficiente para amedrontar qualquer um, mesmo que não seja a real intenção, minhas expressões faciais sempre agiam diferente de minhas falas. Enfim, apenas esperava que não fosse demorar muito, ou que não levasse tanto tempo devido ao meu trabalho, esperava em silêncio que algum deles fosse se pronunciar e ver como fariam a respeito.

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Yoshinobu Okumura

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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeQui Jan 30, 2020 9:22 pm

No fim das contas, após recuperar meu celular semi-destruído, com o loiro que havia sido o culpado pela queda do objeto em questão -além da minha própria-, tentei prosseguir com aquele dia da mesma maneira rotineira como levava os outros que o antecederam… Entretanto, tendo em conta tudo o que havia acabado de se passar assim que cheguei à escola, era quase uma tarefa impossível lidar com tudo normalmente e esperar mais coisas monótonas nos momentos seguintes. De todo modo, fiz um pequeno esforço para tentar manter o temperamento usual que sempre tinha o costume de demonstrar e seguir com as coisas como se nada tivesse acontecido. Após, no armário, recolher meus materiais para as aulas que teria, me dirigi à sala de aula que, pelo menos, seria a mesma de sempre, com as mesmas faces, mesmo professores… Bom, ao menos, era assim que pensava.

Assim que adentrei no aposento destinado ao ensino, a primeira coisa que notei foi… O loiro infeliz que havia se esbarrado e, posteriormente, caído em cima de mim. Ele estava sentado perto da janela, estando, em sua frente, o moreno que também havia visto mais cedo. E adivinha?
Inconvenientemente, meu assento marcado pelo mapa de sala estabelecido há um bom tempo era, justamente, ao lado do moreno, a centímetros de distância do outro rapaz de olhos azuis. A contra gosto, forcei meu corpo a, com passos robóticos, se encaminhar à minha carteira, evitando qualquer tipo de contato visual com o novato da escola, e assim pretendia continuar até o fim, não apenas das aulas, como também até o fim do ano, em que, eu finalmente me formaria e me livraria do Ensino Médio, e, portanto, do rapaz em questão.
Não demorou para que o professor de biologia, como sempre pontual, adentrasse o recinto, pronto para, por mais uma vez, lecionar o assunto que seria tratado naquela aula… E se não me falhava a memória, havíamos parado numa parte que falava acerca de ecologia. Contudo, antes de mergulharmos no assunto, como esperado, os dois novatos da turma foram se apresentar, um depois do outro. O loiro havia sido o primeiro, e, portanto, fiz questão de desviar o olhar para qualquer outra região em que o rapaz não estivesse -sendo, naquela altura, até mesmo o teto mais interessante-, desinteressado no próprio… Porém, escutar suas palavras foi algo inevitável. Ao que parecia, o nome da criatura era Umi, tendo ele, segundo seu próprio relato, vindo de muito longe, sendo aquela sua primeira vez na ilha… Confesso que gostaria de poder dizer o mesmo… Mas no fim, não era capaz de enganar ninguém quanto àquela ser minha segunda vez no local em questão.
De todo modo, ao contrário de mim, as garotas da sala pareciam ter adorado sua apresentação, demonstrando um nítido interesse em suas falas e olhares que lançavam para o rapaz… Era algo que chegava a me dar enjôo.
Quando chegou a vez do moreno, por mais que não tivesse tanto interesse no próprio de um aspecto geral -assim como ocorreu com aquele que se apresentara anteriormente, porém, esse caso foi bem pior do que aquele que ocorria-, com o rosto afundado em minha mão esquerda, cujo cotovelo estava apoiado sobre a mesa maciça, me permiti dar uma pequena olhada naquele que se mantinha de pé, diante de todos os alunos daquela sala que lhes cravavam os mais diversos tipos de olhares. Olhares que, de uma forma ou de outra, lhe julgavam, olhares que aguardavam por qualquer fonema que saísse dos lábios do, aparentemente, mais velho. E no fim, todo aquele momento de espera teve seu término quando ele somente disse seu nome -Eden Muryo- e, logo após a liberação da orientadora, voltou para sua carteira, seguido por variados pares de olhos que carregavam reprovação, julgamento.
“Sensato…” Falei para mim mesmo, em reação ao seu breve e objetivo pronunciamento. Não vou mentir, pelo que me lembrava, havia feito algo parecido quando eu era o novato e tinha de me apresentar para toda a turma. De todo modo, admito que, no fundo, lá no fundo, sentia certa… Pena do moreno. Afinal, não importava onde ia, ele parecia ser sempre criticado… Mas não devia me preocupar com isso, certo? No fim das contas, ele já era grandinho -literalmente, já que, se eu fosse posto de pé, lado a lado, com ele, eu me sentiria perto do muro de Berlim… Quando próximo do Umi então, eu me senti próximo do muro das lamentações-, sabia resolver os próprios problemas.
E agindo de acordo como me foi ordenado, com o livro da matéria em mãos, abri-o na página indicada, começando a focar-me na única coisa para a qual a escola deveria servir: estudar.

Felizmente, o dia prosseguiu… Normal até. O que era difícil de se acreditar tendo em conta os acontecimentos anteriores. Como sempre, na sala de aula, enfiei meu rosto nos livros didáticos, aprendendo sobre o conteúdo dos próprios ao som das vozes dos professores que o explanavam de maneira impecável, tomando, quando necessário, algumas notas. No intervalo, após comprar meu lanche, procurei por um lugar isolado, onde pude comer em paz e, com o resto do tempo que me sobrou do período livre, com um paradidático em mãos, estudei um pouco mais, enquanto escutava algumas músicas que tinha no celular -no qual havia recebido uma mensagem de gratidão por parte de minha mãe- com meus fones de ouvido que geralmente ficavam guardados em um de meus bolsos. E no fim, as aulas restantes que assisti pareciam ter sido tão comuns quanto as primeiras, até que…
-Trabalho em grupo…
Numa amplitude baixa, resmunguei ligeiramente mal-humorado, não apenas com o trabalho em trio -cujos integrantes foram previamente decididos pelo educador-, como também com sua temática: conhecimentos gerais da vida marinha.
Não era novidade o meu vínculo nulo com os mares e oceanos, possuindo medo deles e seus derivados, e, por mais que tivesse até certo apreço pela matéria intitulada como sendo biologia, era praticamente impossível para mim nutrir gosto pelo assunto tratado. Bem, ao menos, se a minha equipe fosse um bando de incompetentes, eu poderia conseguir o auxílio de minha mãe que conhecia tão bem aquela área quanto à palma de sua própria mão… Claro, caso não fosse incomodá-la de algum modo.
-...?!
Meus olhos se arregalaram assim que meus ouvidos -que, no momento, desejei que os próprios tivessem, de algum modo, me enganado- captaram quem seriam as pessoas que ficariam no mesmo grupo que o meu. Naquele momento de choque, a caneta que suspendia com uma das mãos que, instantaneamente, se tornou frouxa, caiu… E logo em seguida, minha cabeça fez o mesmo, indo de encontrando contra a mesa à minha frente, desejando que o impacto -que, apesar de ter sido guiado pelo meu sentimento de surpresa, tentei fazer com que fosse o mais silencioso e leve possível, por motivos de não querer chamar a atenção e não querer sentir dor- me fizesse despertar daquilo que eu gostaria e, por breves segundos, acreditava ser um sonho… Até o momento em que senti minha caixa craniana doer, indicando que aquela era a mais pura realidade ‘u’
-Que ótimo…
Com uma dose de sarcasmo na voz, mais outra vez, resmunguei baixinho… Logo eu havia tido o azar de ficar com os dois novatos de turma -sendo que, um deles era aquele com o qual eu gostaria de evitar contato pelo resto da vida? Fala sério!
Logo após o pronunciamento do professor, o sinal tocou e o professor, assim como os alunos, não tardou para se encaminhar rumo à saída do recinto… Será que, se eu implorar com todas as minhas forças, o orientador me tira desse grupo infeliz?
Bufando, com o término das aulas, acabei por me reerguer, pronto para marchar para a saída, não somente da sala de aula, como da escola em si… No entanto, antes que pudesse me movimentar…
-Hm?
Escutei a voz de Eden proferindo um “com licença”, não tendo demorado para direcionar minha visão ao dono da voz mansa e calma, esperando que ele desembuchasse de uma vez o que tinha para dizer. Então… Ele gostaria de saber quando poderíamos iniciar o trabalho, huh?
-Bem, por mim tanto faz, contanto que o façamos…
Por mais que fosse uma tarefa árdua controlar meus nervos perto do loiro, dei meu máximo para não surtar novamente, e enquanto começava a responder sua questão com certa indiferença, evitando contato visual com os dois, indiquei a saída com a cabeça, como se chamando a ambos para me seguirem até lá.
-...Supondo que hoje esteja muito em cima para ambos, seja por compromissos ou pelos pais ou responsáveis de vocês não saberem desse trabalho e, portanto, não aceitarem que permaneçam em X lugar sem detalhes prévios…
Prossegui falando com certo desdém, enquanto caminhava rumo aos armários, onde, após destrancar o meu próprio, guardei todo o material escolar que havia utilizado naquele dia. Poderia acontecer de um dos dois ser emancipados? Poderia, mas ainda assim, estou falando de possíveis coisas que dificultariam a execução do trabalho. Afinal, não conhecia nenhum daqueles dois, eram completos estranhos para mim, e admito que gostaria que as coisas continuassem desse modo. Não precisava de “amigos” ou coisa do gênero.
-Então, é. Me digam qualquer dia em que não estejam ocupados… Ou!...
Naquela altura, já havia andado tanto pelos corredores que me encontrava próximo à saída, e, logo após, dar a primeira opção para os dois, parando no meio do caminho, rodei nos calcanhares e me voltei para ambos, pronto para, finalmente, anunciar a outra opção que, de longe, era a minha favorita, e seria a que eu facilmente escolheria.
-Podemos trabalhar em algum grupo criado em uma rede soc--
-Shin! Quem são os seus amigos?
Ao escutar aquela voz que reconheceria mesmo a milhões de quilômetros de distância me interrompendo, com um suor frio escorrendo pela nuca, virei, parcialmente, meu rosto de maneira mecânica e sem jeito, até finalmente me deparar com o rosto dela que observava por cima de meu ombro…
-M-Mãe?...
Sem acreditar na cena, enquanto piscava os olhos algumas repetidas vezes, chamei a mulher por aquela única palavra à qual ela já deveria ter se habituado… Que belo timing.
Ao ouvi-la dar uma pequena risada com a minha expressão estupefata que incluía, não apenas olhos esbugalhados, como também uma boca escancarada, logo limpei a garganta.
-Não são meus amigos, mãe… São apenas colegas de trabalho… Eden Muryo e… Umi.
Arrumando minha compostura, expliquei calmamente para si a situação para que não houvesse nenhum mal-entendido, além de apresentar ambos os rapazes, tendo me forçado um pouco a falar o nome do loiro desastrado… Mas então...
-Oh? Então vocês três têm de fazer uma pesquisa? Caso queiram, podem fazer em nossa casa. Serão mais do que bem-vindos.
Minha expressão serena se foi assim que as palavras foram captadas por minha audição, surgindo em seu lugar, o rosto digno de um rapaz que levou um chute nas bolas, porém, naquele caso, havia sido uma voadora na minha alma mesmo, deixando meu cérebro em um “loading” eterno que mal acreditava na informação que havia acabado de adquirir, ficando, portanto, sem reação ou fala.
-Ah, meu nome é Suyen Okumura, prazer em conhecê-los, rapazes. Irei dar uma passada na diretoria, mas volto já.
E logo após cumprimentar os dois com um aceno e sorriso gentis e serenos, logo se encaminhou para o lugar em questão, deixando para trás não apenas nós três, como também minha dignidade e orgulho aos pedaços.
-Ok… Eu poderia tentar deixá-los aqui e ir direto para casa com a desculpa dos responsáveis não terem deixado ou por eles terem compromissos mais importantes…
Fiquei balbuciando para mim mesmo, procurando maneiras de me livrar daquele pesadelo… Além de ter de fazer trabalho em grupo com dois completos estranhos, teria de levá-los para minha casa… Que maravilha! Faço mais o que? Coloco meu celular no chão como tapete vermelho para que o loirinho pise nele e o destrua mais ainda?
No fim das contas, não demorou muito para que a mais velha retornasse e retirasse meu foco nos pensamentos que fluíam e fluíam por minha mente, buscando um jeito de reverter aquela situação.
-O currículo será analisado pela diretora, então ficarei no aguardo por um tempo. De todo modo, vamos garotos?
A medida que a primeira sentença fora direcionada diretamente para mim -e, de certa forma, ela me deixava um pouco mais… Tranquilo, porém, ao mesmo tempo, ansioso e até temeroso, não vou mentir sobre esse misto de emoções estranhas que sentia-, aquela que encerrou sua fala foi, claramente, dirigida para nós três, não apenas por conta da maneira como as frases foram construídas e pronunciadas, como também pela atenção da mulher albina que estava pousada sobre todos nós. Não pude evitar de intervir.
-Mãe… Sabe, eu estava justamente falando com eles que seria bem melhor fazer o trabalho sem termos de nos encontrar necessariamente! Que poderíamos criar um grupo em alguma rede social para isso…
Com um sorriso nervoso nos lábios, tentei, mais uma vez, explicar à minha mãe que não era necessário levar aqueles dois para nossa morada, porém, como esperado…
-Mas não me incomoda que eles venham fazer a pesquisa em nossa casa. Se estiver tudo bem por eles, está tudo bem por mim.
E foi naquele momento, em que soltei um suspiro pesado, me dei por derrotado naquela discussão em que minha mãe saiu vencedora. Não adiantava o quanto eu falasse, minha genitora continuaria insistindo em deixá-los invadir nossa moradia… Afinal, ela sempre estava preocupada com o fato de estar, comumente sozinho, e, naquele momento em que me via acompanhado daqueles dois… De alguma forma, devia significar muito para si, por mais que, eu não pudesse dizer o mesmo. Afinal, as vezes, o melhor era continuar solitário, para não acabar de machucando no fim.
-Venham logo antes que eu me arrependa…
Olhei de canto para a dupla, falando de modo que apenas esses pudessem me ouvir, logo mais seguindo rumo às ruas junto a minha mãe.
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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeSex Jan 31, 2020 8:49 am

A sensação de todos atiçados pela minha presença, comentando coisas que eu podia ouvir mesmo que fingisse que não, era bem legal, assim como  no reino, gostava de que todos quisessem se dar bem comigo, mesmo que não fosse me aproximar verdadeiramente de ninguém, esse é o mal da popularidade.─── Nome bonito <3 ───sussurrei para apenas quem estava muito perto ouvir, isso o inclui, afim de não o incomodar caso alguém ficasse “Ah, mas esse é o garoto golfinho”. Eden era um nome lindo de verdade. ─── Vida marinha? ───finalmente voltei o olhar a professora, mas não falando com ela e sim comigo mesmo, um brilho apareceu no meu olhar certamente, adoraria falar sobre o meu lar, amaria.─── Oh ───sibilei ao ouvir meu nome, o de Eden e o Yoshinobu, que eram o moreno a minha frente e o outro com o qual havia tombado, que estava sentado ao lado do outro diga-se de passagem, mal cheguei já sou escravo? Assim não sociedade.─── E agora?  ───perguntei quase pra mim mesmo pensando mil vezes em como diabos faria trabalho com o cara que já me odiava e nem tínhamos nos falado direito, mas também...pudera ne Umi, pudera. Yoshinobu por sua vez pareci ávido por enfiar a cara no tampo da mesa e eu só franzia o cenho pensando se não doía fazer aquilo, era assim tão ruim?. Bem, sei que nos momentos seguintes fiquei saindo da sala possivelmente a cada uma hora pra ficar enchendo a garrafa de água que tinha comigo, que por sinal, bebi o dia inteiro também.

Ao final da aula, em que agradeci ter boa memória pra decorar tudo que tinha sido dito pelo professor, sai dos meus devaneios quando uma voz soou perto de mim, isto é, além daquelas que já tinha tido contato no intervalo, que eram basicamente vários meninos e meninas me perguntando de onde vinha, o que fazia, do que gostava etc. E essa pessoa no caso, era Eden.─── Quando vocês quiserem <3 ───respondi de forma amigável, achando fofa a forma como ele olhava pro chão, mas também repreendendo mentalmente.─── É tão desnecessário que com olhos tão bonitos você olhe tanto pro chão, que desperdício ───falei na maior cara de pau olhando pra Eden, sim, ele podia não ter expressão, mas tinha atributos lindos ao favor e gestos também.─── E você devia parar de franzir a cara, os teus olhos também são lindos e vais ficar com rugas na testa ───dessa vez, olhei para Yoshinobu, tendo agido da mesma forma “cara de pau” que agi com o outro, não me importava, afinal, eram elogios?. Apenas os segui depois de pegar minhas coisas, as pernas estavam um pouco melhores que antes, acreditava que pelo fato de ter ficado “treinando” os pés embaixo da cadeira, quem me viu deve ter pensado que tinha hiperatividade, sei lá.─── Bem… ───assim que ia responder a questão sobre a coisa dos pais e tudo mais, o Yoshinobu voltou a falar dando outra ideia.─── Mas eu nem sei mexer com essas coisas….nem tenho nada assim… ───falei baixo. Podia ser um príncipe? Podia, mas nem por isso estar ali me dava algum privilégio, nem onde ficar eu tinha então possivelmente ficaria pela praia mais próxima durante a noite, quanto mais ter alguma coisa relacionada a tecnologia.

Nisso, ele mesmo fora interrompido por uma voz desconhecida, pra quem olhei assim que possível quando a palavra “Mãe” fora pronunciada. O garoto parecia receoso? Ele não gostava da própria mãe?....eu daria tudo para ter a minha de volta. A moça ofereceu-nos que fossemos a casa deles fazermos o trabalho, em parte fiquei tentado a só dizer “ok”, mas a cara de Yoshinobu me fez ficar calado sobre isso, fora que, além de ter se forçado a dizer meu nome por obrigação, também estava claramente querendo que não fossemos. Era seu recinto afinal.─── Uma dama deve ser cumprimentada de forma diferente….Prazer, senhorita Okumura-san <3 ───me aproximei da mais velha segurando sua mão com delicadeza, pra tão logo depositar um beijo suave sobre as costas e me afastar levemente lhe demonstrando um sorriso, assim me pondo de volta no meu lugar a vendo seguir seu caminho.─── Sua mãe é gentil ───comentei enquanto meus olhos a acompanhavam ir-se. Era humana, diferente da presença do filho que parecia mesclada a dela e a de mais outra pessoa, assim sendo, o pai era o tritão, hum.─── Ele realmente está incomodado uh ───olhei pra Eden vendo que Yoshinobu estava murmurando alguma coisa consigo mesmo, ergui as mãos como quem dizia “Fazer o que” torcendo os lábios ao mesmo tempo. Talvez devêssemos só inventar alguma desculpa pra lhe agradar.─── Ah, senhorita, eu… ───assim que me prontifiquei a recusar o convite da mãe só por causa do garoto que não nos queria em sua casa, o mesmo veio a voltar a falar e me atrapalhou.─── Ok…. ───olhei mais uma vez pra Eden dessa dando de ombros resolvendo concordar em ir, fazer o que. Enquanto os acompanhava na rua ia bebericando da garrafa de água, não estava tão calor mas cada vez fora da sombra incomodava minha pele, afinal, havia vivido sob a água muito tempo, vivia em contato com ela, simplesmente deixar de ter tal contato fazia minha pele muito sensível a qualquer raio de sol, isso me fez puxar mais as mangas da camisa branca do uniforme, afim de me esconder.
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MensagemAssunto: Re: RPG - INÍCIO   RPG - INÍCIO Icon_minitimeSex Jan 31, 2020 12:58 pm

Pisquei os olhos por breves segundos achando que escutei alguma coisa ao meu respeito, mas não dei muita atenção, imaginando que seja um comentário normal entre os demais. E assim prosseguindo em meus estudos, me concentrando e anotando o máximo que podia, pois sempre gostei dessa matéria de Biologia, era onde teria mais conhecimento da natureza, da vida dos animais, tudo, tanto que meu caderno era cheio de anotações e que precisará de mais para mais tarde. Tem coisas que não se mudam por mais que desejasse no fundo, mesmo que eu tenha desaparecido da Escola por um tempo. O garoto da minha ex-turma não parecia ter se esquecido totalmente de mim pelo visto, tanto que sairá da sala no intervalo para ir como de costume praticar na piscina. Isso se ela não estivesse toda suja, seja de plástico, resto de comida e qualquer outro tipo de material que era do mesmo garoto que tinha se esbarrado comigo antes cedo, eu sabia que se tratava dele, porque sempre foi assim em todos os intervalos, e dificultava porque sou o único que mergulha nessa piscina, ele sabia bem disso.

Apenas suspirei em desistência, fazendo o mesmo processo de limpa-la, com os materiais que o zelador tinha guardado. Não gostava quando via água poluída, seja qual tipo for, sentia um sentimento incomodo no peito quando presenciava. O que me custou meu tempo de comer alguma coisa para focar retirar todo os resíduos. Claro que, eu sentia minha pele cheirar fortemente a cloro por causa disso e os cabelos ainda úmidos, mas depois da limpeza, pude retornar para a sala sem ter a oportunidade de aproveitar o intervalo....mas não poderia me queixar, nada mudaria. E retornei para a sala para retornar aos meus estudos, e o professor dar o aviso dos grupos. Aqui estava eu, no ponto inicial perguntando quando daríamos início para o trabalho.
Não era bem o tipo de resposta que esperava de quando quiser, sendo que teria qualquer momento, não que fosse um problema, porém como se não houve exceções a respeito então podemos marcar qualquer di-...."Olhos bonitos"? "Desperdício?"...Eu nunca escutei isso antes, tanto que imaginei que o loiro estivesse se referindo a qualquer pessoa, menos a mim. Porém esse não era o caso, tanto que apertei mais ainda a alça da mochila um pouco confuso. Faz muito tempo que não escutava esse comentário além do meu pai. Não há como olhos são vazios e opacos fossem um sinônimo de beleza comparado aos dois. — Obrigado. — Disse, com uma expressão neutra de costume, sem demonstrar alguma emoção ou novidade. Tanto que o rosado não escapou dessa também, vendo que o loiro não tinha problemas em fazer comentários como se fosse a coisa mais natural do mundo para ele. Mas como não poderia ficar aqui para sempre, peguei minhas coisas me dirigindo para fora da sala de aula em silêncio esperando algum comentário que fosse.

Contudo, o moreno começou a se pronunciar primeiro, dando diverso leque de opções para nós encontrar sem que pudesse atrapalhar nossos compromissos. E como tinha dito antes, não havia problemas para mim de todos os modos, porém no fundo sabia que estava dando desculpas para não nós encontrarmos, não poderia me opor quanto isso, afinal não passamos de estranhos um para o outro, é fato. Porém, concordei com o loiro com um gesto de cabeça sobre não ter aparelho eletrônico também, sendo que conseguia identificar a voz baixa do outro por costume. Não poderia mentir ou mostrar vergonha a respeito disso, não tinha dinheiro o suficiente para comprar um celular, não encontrava necessário sendo que passava mais tempo sozinho na praia.
Até que antes que pudesse fazer um comentário, fomos interrompidos ao ver a figura de uma mulher calma e serena, que demonstrava ser a mãe de Okomura. Que estava tendo uma breve conversa com o filho, a sua presença era tranquilizadora e sendo simpática conosco de primeira. — Olá, prazer. — Cumprimentei com um aceno de cabeça normal, diferente do loiro que fez algo incomum o que se vê mais em filmes. Até que a via se afastava por breves segundos, e estava quieto no meu canto sem protestar, esperando que chegassem para um consenso. Como eu deveria reagir diante a isto? O moreno parecia estar procurando métodos para não ir para a sua casa, e o Umi pareceu notar na hora, não tendo problemas em comentar isso para mim mesmo. Apenas dando de ombros sem ter muita escolha, seria mais sensato procurar outros métodos de fazer o trabalho sem que possa incomodar com a invasão de privacidade do outro.

E o loiro estrangeiro, não custou muito para tentar protestar até ser interrompidos pelo garoto concordar de vez para nós levar para sua casa, e apenas concordei em ir visto que estava tudo decidido, e não pretenderia ser mal educado a esse ponto. E comecei a seguir o grupo pelas ruas, andando em passos lentos e não tão apressados quando mantinha os pensamentos nas nuvens como costume, preso em meu próprio mundo. Quando se era para olhar para o céu não teria vergonha de elevar meu olhar, através do céu azul que fazia contraste com minha iris, somente estudando com uma mirada poderia sentir como estaria a previsão do tempo. E possivelmente as ondas estariam tranquilas e serenas, o dia vai ser límpido e o sol se mantinha presente e não vai sair tão cedo assim, elevei a mão um pouco para acenar sutilmente sem deixar facilmente visto para uma gaivota que sempre passava toda vez que retornava esse caminho para a praia. E a ave ainda voando pelos céus apenas cumprimentava cantarolando, e abaixei meu olhar depois ao perceber que de acordo com o caminho para a casa do moreno. Via os peixes em aquários que vendiam para adoção em estabelecimentos fora, estavam inquietos...mexiam suas barbatanas como se encarassem apenas o loiro, eu sentia isso por algum motivo estranho. Os animais não aparentavam estar com medo, e sim surpreso sem saber a causa.

Tanto que encarei o Umi por breves segundos e perceber que ele aparentava estar incomodado ao ponto de puxar a manga da camisa em tentativa de cobrir a pele dos raios solares, sabia como era isso, porque já me acontecera algumas vezes até me adaptar de tanto tempo que passava dentro das águas, mas a pele do garoto parece ser mais sensível no caso. Sem pensar duas vezes, peguei a minha mochila para retirar um protetor solar que guardava sempre comigo, e cutuquei o ombro do mais velho levemente para chamar sua atenção, e logo falar calmamente e baixo: — Pegue, vai lhe proteger do sol. — Torcia levemente os lábios sem saber se aceitaria ou não, apenas o entreguei sem dizer mais nada e retornar meu olhar para o solo novamente, continuando em silêncio. E assim chegando até a casa do Yoshinobu e parei aguardando pelo lado de fora que pudessem nós recepcionar. A casa por si era simples, mas aparecia ter uma aparência aconchegante.

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